domingo, 9 de março de 2014

O suposto racismo brasileiro e a imbecilidade dos que o pregam

De tempos em tempos vemos imagem como essa circulando nas redes sociais acusando o Brasil de um país racista:


Em cima somente vemos garis pretos do Rio de Janeiro, em contraste com a classe médica e branca encontrada na cidade de Curitiba. A análise chucra leva a crer a seguinte conclusão, os pretos, pelo racismo que ocorre no país não conseguem chegar a cargos de boa qualificação, relegando para eles apenas os trabalhos mais servis. (Aqui ocorre dois tipos de preconceitos: (1) o de que um trabalho é melhor do que o outro, ou, de que se você é médico sua importância na sociedade é maior da de quem é gari; (2) vemos várias mulheres na parte de baixo da imagem, e nenhuma na parte de cima. Deste modo, em segundos, some a outra falácia de que a mulher não consegue se equiparar ao homem no mercado de trabalho, para no momento ser focado apenas no quesito "racismo"; e não vamos contar com a questão de alguns amarelos no meio dos médicos, que sofreram amplas discriminações quando vieram para o país no início do século).

Por um momento essa análise é correta, e todos sentem indignação com tal fato. Mas paremos para pensar um minuto. A cidade do Rio de Janeiro possui uma população de pretos de 12,3% da região metropolitana da cidade, equivalente a 1.454.529 de pessoas (Síntese de Indicadores Sociais 2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só usemos o dado em sua análise grossa. É praticamente a população da cidade de Curitiba, que vejamos, tem apenas 2,8% de pretos em seu contingente (19,7% da população de Curitiba são negros ou pardos.). Os dados analisados dessa forma não são rasteiros e refletem uma outra realidade.

Não estipular conclusões sobre o porque de uns serem médicos e outros garis, mas abrir os olhos, ter o pensamento aberto sem uma viseira ideológica, isso faz com que o debate se faça de um modo mais interessante e construtivo.


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